Sepultadores, veloristas, cremadores e condutores de veículos dos cemitérios estão no primeiro grupo prioritário de vacinação em São Paulo.
(Imagem: TV Globo reprodução)
Ao lado de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais da linha de frente do combate ao Covid-19, estão os trabalhadores do serviço funerário. Por isso, eles também estão no primeiro grupo prioritário de vacinação no Plano Nacional de Imunização.
Leia também
Covid-19: furar fila da vacina pode se tornar crime
DataSenado: 57% da população é a favor de vacina obrigatória contra Covid-19
Contudo, na cidade de São Paulo, mesmo que estejam formalmente no pimeiro grupo prioritário de vacinação, os profissionais não têm tido acesso à vacina. A denúncia foi feita no portal do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep).
De acordo com o Sindsep, apesar de estarem no grupo prioritário, os trabalhadores do serviço funerário não foram chamados para a vacinação.
Imagem do site da Secretaria de Saúde do município de São PauloTodos os trabalhadores do grupo prioritário devem ser vacinados
Desde o início da pandemia veloristas, sepultadores, cremadores e condutores de veículos em cemitérios não pararam de trabalhar. Ao contrário, a demanda para esse serviço essencial aumentou com os óbitos causados pela Covid-19.
Somado a isso, os funcionários idosos e com comorbidades foram afastados do serviço. Para substituí-los, a prefeitura de São Paulo contratou 220 profissionais temporários. “Embora o Serviço Funerário Municipal tenha 257 sepultadores em seus quadros, cerca de 60% foi afastado por pertencer ao grupo de risco – 60 anos ou mais. Para garantir a prestação dos serviços, a prefeitura contratou uma empresa privada para fornecer 220 profissionais temporários”, informou a prefeitura da capital à Agência Brasil no início da pandemia.
Esses profissionais estão expostos constantemente ao risco de contágio. Apesar do uso de equipamentos de proteçõ individual – os EPIs, o grande número de enterros e a própria natureza do trabalho os expõe.
Acompanhe o vídeo realidado pelo Sindsep em diversos cemitérios da cidade de São Paulo.