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Covid-19: conflitos políticos dificultaram vacinação no Brasil, diz pesquisa

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Produção de vacinas e sua integração com a distribuição no SUS é crucial para superar crises de saúde pública

Os conflitos políticos entre presidente e governadores e a falta de definição de grupos prioritários dificultaram a estratégia de vacinação no Brasil. Outras decisões tomadas durante processo de produção ou aquisição das doses também tiveram impacto.

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Tais conflitos também prejudicaram a reputação da Anvisa, além de semearem dúvidas e desconfianças sobre as vacinas, ainda que a Agência tivesse pronta capacidade de se adaptar e responder às demandas regulatórias durante a pandemia.

As informações fazem parte de uma pesquisa realizada pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP) em parceria com a London School of Economics and Political Science (LSE) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada nesta terça-feira (15) pela agência Bori.

Publicada na revista “Social Science & Medicine”, a pesquisa traz três dimensões que influenciaram  a vacinação de países de renda média, como o Brasil: a produção e aquisição de vacinas; a regulação do registro para comercialização das vacinas; e o processo de vacinação.

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Outro ponto abordado pela pesquisa foram os processos de transferência de tecnologia para a produção do ingrediente farmacêutico ativo (IFA). No caso brasileiro, a pesquisa aponta que a"transferência de tecnologia é um processo que exige adaptação das fábricas e acordo legal - inclusive sobre o pagamento de royalties - e que levam tempo para acontecer.

Para a pesquisadora Elize Massard da Fonseca, uma das autoras do estudo, além do investimento em desenvolvimento industrial, "é crucial integrar os sistemas de saúde às iniciativas de pesquisa e desenvolvimento de vacinas".