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Correios: Fentect pede ajuda para seguir lutando contra a privatização

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A tramitação da privatização dos Correios continua acontecendo, ainda que sob menos holofotes. Amanhã (26), o projeto estará na pauta de discussões da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ao mesmo tempo, o ministro das Comunicações, Fábio Farias, segue alimentando a imprensa com notas sobre a urgência da entrega da empresa pública mais antiga do Brasil à iniciativa privada.

Frente a esse cenário, a mobilização dos trabalhadores dos Correios também prossegue. Segundo uma fonte da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telegrafos e Similares (Fentect), que preferiu não se identificar, "cerca de 60% da população é contrária a venda dos Correios, apesar da campanha favorável empreendida pelo governo". Dessa forma, os representantes dos trabalhadores dos Correios buscam manter a mobilização da categoria e da sociedade sobre o tema.

Para tanto, a Fentect está lançando uma campanha de solidariedade para manter em pauta o debate em torno do PL 591/2021, que trata da desestatização dos Correios. A campanha está no site da Federação, que pode ser acessado clicando aqui.

Cálculos apontam que a privtização dos Correios ainda está em disputa

Conforme explica a fonte dos Correios, a votação da privatização da empresa não está perdida, mas também não está ganha. "A batalha no Senado está acontecendo voto a voto", disse, mencionando que há cerca de 65 senadores com votos já definidos, contra ou a favor do pojeto de desestatização. Contudo, ainda há senadores decidindo suas posições. "Acreditamos que no momento temos uma maioria favorável de cerca de 5 votos, mas o governo tem a caneta para liberar verbas e cargos no Executivo ou Judiciário que podem virar alguns votos, podendo mudar o cenário da votação", avalia a fonte.

Por isso, a expectativa é de que há espaço para lutar contra a privatização, mesmo que a situação financeira dos sindicatos e da Federação seja muito frágil depois da Reforma Trabalhista, com a perda do imposto sindical. "A importância da campanha de arrecadação é ajudar os trabalhadores a ter recursos para fazer mídia contrária a privatização nos veículos de grande porte, além de proporcionar recursos para uma eventual batalha jurídica no STF", explicou a fonte.