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Coronavírus: cresce o número de campanhas financeiras para ajudar indígenas

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Imagem do site Recontaai.com.br

Foto: Noel Villas Bôas
Com o mote “Precisamos de 1 milhão de amigos”, indígenas do Xingu pedem colaboração mínima à população; Xavantes também lançam campanha.

Indígenas estão entre as populações biologicamente mais vulneráveis ao coronavírus. Como amplamente noticiado pela imprensa, o atendimento aos povos originários não tem sido feito com a intensidade necessária para salvar sua vida frente às novas ameaças. No Alto do Xingu, reserva dividida por diversas etnias, a situação é calamitosa.

Entre os Xavantes, no Mato Grosso, que vivem nas região da Amazônia Legal e do Cerrado brasileiro, encontram-se diversos casos já confirmados e também óbitos que vão de caciques a crianças.

Em outras palavras, indígenas que já vêm sendo atacados por garimpeiros, grileiros e os que cobiçam suas terras ainda têm que lidar com uma emergência sanitária. Além disso, a doença nas aldeias teve como vetores pessoas que entram nas reservas para praticar atividades ilegais, como garimpos ou missões que tentam contactar povos isolados.

Assim como cinco caciques já morreram por covid-19, toda a população do Alto-Xingu está em risco. Assim como entre os Xavantes, que também estão em campanha. A meta dos últimos é a arrecadação de pelo menos R$ 250 mil. Dessa forma, os indígenas do Mato Grosso pretendem destinar 60% para a instalação de uma unidade avançada de saúde e de isolamento. Já os outros 40%, serão destinados à garantia de alimentos para que as famílias possam fazer isolamento social.

Em ambas as localidades, a situação dos indígenas é desesperadora. Muitas mortes, vulnerabilidade social e pouquíssima estrutura de saúde já são chamadas por especialistas de projeto de etnocídio.