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Comitê de Luta em Defesa do BB quer um banco sintonizado com o desenvolvimento

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Comitê de Luta em Defesa do BB

O Banco do Brasil (BB) já foi um dos pilares do desenvolvimento econômico do Brasil. E é esse protagonismo que os participantes do Comitê de Luta em Defesa do BB querem recuperar no próximo período. O Comitê, formado por funcionários - aposentados e da ativa - além de cidadãos que entendem a importância do banco público, busca debater coletiva e democraticamente os rumos da instituição financeira de 214 anos.

No manifesto lançado recentemente, o Comitê afirma que o BB precisa retomar seu papel de banco público e que exerça um papel diferente dos bancos privados. No mesmo sentido, o Comitê ressalta que essa atuação pode ser um "antídoto" contra o sistema financeiro do Brasil atualmente, que é "concentrado e perverso".

"A rede de agências diminui continuamente, os serviços especiais são reservados para os clientes mais ricos, as taxas de juros são abusivas, cobram tarifas extorsivas, o crédito é reservado para quem tem bens e recursos, e sufoca quem precisa investir e financiar bens e negócios".

Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil

As soluções que o Comitê de Luta em Defesa do BB busca

Além do caráter público, os participantes do Comitê querem que o banco seja eficiente, inclusivo e que valorize as pessoas. As palavras se desdobram em ideias como a valorização das relações comerciais com pequenas e médias empresas, à agricultura familiar - grande expertise do BB -, que atue na diminuição das desigualdades regionais e que auxilie na contrução da cidadania, ofertando crédito e serviços bancários aos brasileiros.

Contudo, o potencial do BB não está restrito a atuação para os pequenos. Conforme explicam os participantes do Comitê, o BB pode - e deve - atuar com força na redução da taxa de juros praticada pelos bancos e também que ofereça crédito com segurança para grandes obras e outros projetos que auxiliem na recuperação econômica do País.

Além dessas ambições, o Comitê de Luta em Defesa do BB tem mais uma: que tudo isso seja feito com respeito ao meio ambiente e modo de vida da população brasileira.

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A história ampara as ambições futuras

As intenções dos participantes do Comitê não são irreais. Ao contrário. A atuação do banco público, junto a outras instituições governamentais, durante a crise do subprime em 2008 é uma mostra disso. Na ápoca, o Banco do Brasil foi um das principais ferramentas econômicas da equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para promover uma política anticíclica.

Tal política garantiu que o País passasse pela quebradeira internacional causada pela bolha dos imóveis dos Estados Unidos, sentindo uma "marolinha" e não um tsunami, como viveram outros países ao redor do mundo.

Enquanto os bancos privados suspendiam financiamentos e aumentavam os juros nas linhas de crédito, o BB, ao lado de outros bancos públicos, continuou ofertando crédito a juros mais baixos, deu fôlego à economia e ajudou a manter empregos e a produção de bens e serviços.

Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil

O futuro que o Comitê de Luta em Defesa do BB quer

A eleição de 2022 marca um momento importante para os que, assim como o Comitê de Luta em Defesa do BB tem um projeto diferente do neolibeal para o Brasil. Dessa forma, a eclosão de inciativas como essa são as sementes que o futuro pode germinar.

O novo governo que será eleito neste final de ano precisará olhar tanto para a economia global, fortalecendo e agregando valor aos empreendimentos para o comércio internacional, quanto para os pequenos negócios locais, que envolvem cadeias de produção e geração de renda em milhares de municípios. Esse olhar, que terá efeito decisivo no crescimento econômico do país e na geração de mais empregos, inclui fortalecer os bancos públicos.

Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil