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Com Bolsonaro, preço do gás de cozinha pesa mais no orçamento familiar

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O preço do petróleo no cenário internacional não é a única justificativa para o aumento da gasolina, do diesel e do gás de cozinha no Brasil. Isso é o que mostra um levantamento de preços do gás de cozinha realizado pelo doutor em economia, Emílio Chernavsky, com os dados da Agência Nacional do Petróleo e do Ipeadata.

Conforme gráfico apresentado pelo economista, é possível observar que o poder de compra do botijão de gás - um dos insumos mais importantes para as famílias brasileiras - começou a diminuir entre 2016 e 2017, e se aprofundou em 2018 culminando com a situação atual, em que um salário mínimo compra apenas 11,1 botijões de gás.

A explicação do economista leva em conta dois fatores: o fim da política de valorização do salário mínimo -cujo início se deu em 2004, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o fim em 2019 - primeiro ano de mandado do atual presidente Bolsonaro - e a adoção da Política Preços de Paridade de Importação na Petrobras, adotada por Michel Temer durante seu curto mandato.

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"Nos últimos anos, em que o governo deixou de renovar a política de valorização do salário mínimo vigente nos anos anteriores e a Petrobras adotou a política de paridade internacional para o preço dos combustíveis, os salários têm tido dificuldade cada vez maior para acompanhar os aumentos do preço do gás da cozinha", afirma o economista.

A consequência dessas duas varáveis econômicas pesa no bolso do trabalhador e representa um grave retroceso social: "Este tem assim ocupado espaço cada vez maior no orçamento das famílias, que se vêm obrigadas a cortar outros gastos, inclusive os essenciais. Não surpreende que um número cada vez maior delas se veja obrigado a cozinhar com lenha", lamenta Chernavsky.