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Casa da Moeda completa 326 anos e está sob a mira do governo Bolsonaro

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Imagem do site Recontaai.com.br

A Casa da Moeda, empresa pública responsável pela fabricação de moedas, emissão de papel moeda e passaportes, comemora 326 anos de criação neste domingo (8) sob o alvo do governo Jair Bolsonaro, que pretende privatizar a entidade.

Desde o governo Temer, a Casa da Moeda tem sua privatização cogitada. Na gestão atual, foi incluída em uma lista de empresas a serem entregues à iniciativa privada. Em paralelo, uma Medida Provisória foi editada, eliminando seu monopólio sobre os serviços que presta.

Com o objetivo de viabilizar a privatização, a estatal passa por um processo de “reestruturação”, composto, entre outras coisas, pela redução da folha de pessoal, com corte de benefícios e do total de funcionários – hoje em torno de dois mil.

O principalargumento do governo – para a reestruturação e para aprivatização – é o fato de que a Casa da Moeda vem apresentandoresultados negativos desde 2017.

O Sindicato Nacional dos Moedeiros, por outro lado, afirma que o prejuízo foi “fabricado” justamente para se justificar a venda da estatal. Isso porque o governo Temer modificou importantes regras para a indústria de bebidas frias – refrigerantes e cervejas, por exemplo.

Até 2017, para controlar a produção do setor, inclusive para fins de cobranças tributárias, havia um sistema que incluía a colagem de selos holográficos nas embalagens destes produtos. Quem os produzia era a Casa da Moeda. Esse mercado representava 60% do rendimento da estatal. Naquele ano, Temer derrubaria tal exigência, permitindo que as indústrias de bebidas frias autodeclarassem sua produção.

No Mundo

Segundo o sindicato, que sustenta que a privatização pode prejudicar a soberania econômica brasileira, atualmente as 15 maiores economias do mundo – que incluem Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Inglaterra, França e o próprio Brasil – produzem suas próprias cédulas ou moedas como forma de manter um controle mais rígido sobre a questão monetária.