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O Reconta Aí explica ao Rodrigo Maia a importância das instituições públicas

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Imagem do site Recontaai.com.br

Em evento para grandes investidores, o Expert 2019, no último dia 5, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, seguiu a agenda do governo de ataque às instituições públicas.

Em vídeo que circula pelo WhatsApp, Maia afirma ser uma pena que algumas instituições não tenham entrado na lista de privatizações do governo. “A gente devia ter coragem de enfrentar esse debate. Pra que serve a Caixa Econômica? Pra que serve o Banco do Brasil? Pra que serve a Petrobrás?”, questionou o deputado.

O papel social da Caixa Econômica

Pois bem. Quer tenha dado essa declaração por má-fé, quer seja por desconhecimento, o Reconta Aí ajuda o presidente da Câmara a entender o papel dos bancos públicos. Desde sua criação, em 1861, a Caixa tem a missão de ser muito mais que um banco: é dela a função de financiar grandes obras e programas primordiais para o desenvolvimento do Brasil e bem estar da nossa população.

A CEF é responsável pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pelo Programa de Interação Social (PIS) e pelo Seguro-Desemprego. Também está presente em programas como o Bolsa Família, o Fies e o maior programa de habitação popular da nossa história, o Minha Casa Minha Vida – que entregou mais de quatro milhões de residências em dez anos.

Muita gente não sabe, mas todo prêmio não resgatado das Loterias é direcionado ao Fies depois de 90 dias. Devido a isso, se as Loterias forem privatizadas, a Educação perderá R$ 730 milhões. E não é só isso! Os recursos repassados pelas Loterias para áreas como Saúde, Segurança, Saneamento e Seguridade Social são da ordem de R$ 6,5 bilhões por ano.

Além disso, a Caixa é o banco que está mais presente nos rincões do país – uma questão de cidadania. E foi responsável por projetos pioneiros como a agência-barco Chico Mendes, que navega pelo Rio Solimões atendendo às populações ribeirinhas.

Um banco do Brasil

Já o Banco do Brasil tem um papel primordial no financiamento da agricultura brasileira, principalmente na concessão de crédito a pequenos e médios agricultores. 70% dos alimentos que estão no nosso prato passam pelo financiamento do Banco do Brasil.

A instituição é responsável por financiar moradores do Semiárido; custear a agricultura familiar agroecológico; apoiar investimentos em inovação tecnológica atrelada à sustentabilidade ambiental; financiar a construção de armazéns; apoiar a recuperação dos solos, fornecer linha de crédito para as seringueiras; financiar a energia renovável; subsidiar ações da Defesa Civil em situações de calamidade; auxiliar os municípios e os estados, financiar caminhões novos para produtores rurais, financiar empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, o Fies e conceder o Crédito Acessibilidade, voltado para as Pessoas com Deficiência. Isso para citar apenas alguns exemplos.


Se o país privatizar essas instituições, um plano que tem simpatia do Congresso mais conservador dos últimos tempos e do governo Bolsonaro, todas essas políticas e muitas outras estarão em risco. E quem sofrerá com isso é a população mais vulnerável. Defender as empresas públicas é defender o Brasil.