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Butantan e governo Bolsonaro promovem corrida das vacinas

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Imagem do site Recontaai.com.br

Logo após o anúncio da criação da ButanVac, a vacina do Instituto Butantan, o ministro “astronauta” Marcos Pontes afirmou que o Governo Federal também tem uma outra vacina

Em coletiva ocorrida na manhã desta sexta-feira (26), o Instituto Butantan apresentou sua vacina contra a Covid-19, a ButanVac. O novo imunizante terá seu desenvolvimento e fabricação 100% nacional. Porém, ele ainda está em fase de testes e a expectativa é que os ensaios clínicos de fases 1 e 2 em pessoas voluntárias com o novo imunizante comecem já em abril, após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No mesmo sentido, a produção do imunizante poderá ter início já em maio, sem a necessidade de importar insumos do exterior. E a sua aplicação na população pode ocorrer em junho, segundo o governador de São Paulo, João Doria.

Um passo à frente

A grande vantagem do Instituto Butantan é a expertise no desenvolvimento e fabricação de vacinas. A tecnologia utilizada na ButanVac é a mesma utilizada na fabricação de vacinas contra a gripe, que já são produzidas pelo instituto.

Butantan tira Governo Federal da letargia

Horas após o anúncio feito pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, junto ao governador João Doria, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, também participou de uma coletiva.

Na pauta, o representante do governo afirmou que três vacinas produzidas no Brasil estão fase de pré-testes e que ainda ontem (25), uma delas entrou com o mesmo pedido do Instituto Butantan na Anvisa – a Versamune.

A Versamune, vacina anunciada pelo ministro, também foi desenvolvida no estado de São Paulo, pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP).

Aumento da oferta de vacinas é urgente

Segundo Marcos Pontes, houve uma “coincidência” no fato das duas coletivas terem sido realizadas no mesmo dia. O ministro buscou não participar da rivalidade que permeia a relação de Bolsonaro e Doria, afirmando que quanto maior a oferta de imunizantes, melhor.

Dados sobre os novos imunizantes

Poucas informações sobre as vacinas foram disponibilizadas até agora. Porém, ao contrário da Versamune, a ButanVac já conta com a análise de especialistas. Em entrevista para o UOL, a microbiologista Natália Pasternak afirma que a estrutura do Butantan dá fôlego à produção de vacinas, mas contesta calendário apresentado por Doria.

No mesmo sentido, o pesquisador da Fiocruz Julio Croda também afirmou ao UOL: “A gente precisa de dados de eficácia. Então vai precisar de um tempo, mais ou menos de 3 a 6 meses, se tiver circulação viral alta. Então não vai dar tempo de fazer esses estudos já com finalização de dados de eficácia”.