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Bolsonaro busca partido para reeleição e conversa com PP

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Há dois anos sem partido, Jair Bolsonaro busca uma legenda para concorrer à reeleição. O alvo da vez é o PP, agremiação do chamado Centrão e à qual o presidente era filiado quando parlamentar federal.

Bolsonaro saiu do PSL, partido pelo qual foi eleito presidente, após atritos com a direção da legenda, que recentemente aprovou fusão com o DEM. A tentativa de formalização da Aliança pelo Brasil, partido que seria comandado pelo próprio Bolsonaro, fracassou.

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Iniciativas para buscar abrigo no PRTB e no PTB levaram ao aprofundamento de divergências e disputas internas dentro destes partidos. Parte destas agremiações vêem o nome de Bolsonaro como causador de dissensos, e não aceitariam a ideia de perder a influência sobre o comando partidário.

As conversas, agora, estão concentrada no PP, herdeiro partidário da Arena, partido do regime militar brasileiro que passou a atuar como um dos principais integrantes do grupo conhecido como Centrão. Se há alguma receptividade por parte dos dirigentes do PP - incluindo Ciro Nogueira, ministro chefe da Casa Civil, e Artur Lira, presidente da Câmara dos Deputados - há receio por parte de auxiliares do próprio Bolsonaro na aproximação.

Parte dos bolsonaristas entendem que o apoio do PP a Bolsonaro em 2022 não está completamente garantido. Além disso, há integrantes da sigla que não desejam se comprometer neste momento para a disputa eleitoral do ano que vem, preferindo apoiar o governo no Congresso - em troca da influência sobre o orçamento - sem fechar a questão de 2022.

Em toda sua trajetória política, Bolsonaro já transitou por oito legendas. Ficou no PP por cerca de dez anos, a partir de 2005.