Economistas do mercado financeiro ouvidos semanalmente pelo Banco Central (BC) continuam pessimistas com os indicadores econômicos brasileiros. Na edição do Boletim Focus divulgada nesta manhã pela autoridade monetária, a expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,98% para 4,60% em 2021. Trata-se da décima semana consecutiva de alta.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,50%; para 2023, a previsão é de 3,25%.
O cálculo para 2021 está acima do centro da meta da inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano. No entanto, esta margem pode ficar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%.
Selic
Os economistas do mercado financeiro também aumentaram de 4% para 4,5% ao ano a expectativa para a taxa básica de juros do Brasil no final de 2021. Atualmente, a Selic está em 2% mas as apostas são de que a taxa passe a subir a partir desta quarta-feira, iniciando um novo ciclo de alta de juros. Nesta dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciará a nova Selic. Já a projeção para os juros em 2022 permaneceu em 5,5%.
PIB
Na esteira do pessimismo, os economistas projetaram nesta edição crescimento menor da economia em 2021: a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do País passou de 3,26% para 3,23%.
Dólar
Com a economia patinando, os reflexos já surtem efeitos no mercado de câmbio: em relação ao dólar, os economistas ouvidos pelo Banco Central também revisaram a projeção para a moeda norte americana, que passou de R$ 5,15 para R$ 5,30 ao final deste ano.