Em live no Facebook, Jair Bolsonaro afirma que a nova rodada do auxílio emergencial deverá acontecer com o pagamento de quatro parcelas de R$ 250.
O presidente Jair Bolsonaro tentará emplacar junto ao Congresso o valor de quatro parcelas de R$ 250 para a nova fase do auxílio emergencial. De acordo o presidente da República, o benefício deverá ser pago a partir de março.
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No entanto, a oposição ao governo tentará elevar o valor do benefício.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), o Brasil entrou na fase mais aguda e severa da pandemia desde junho de 2020. “Com mais lockdown à vista e a demora em renovar o auxílio e com valor abaixo do original é uma imoralidade”.
Do mesmo modo, o deputado Ivan Valente (PSOL/SP) afirma: “Além de desdenhar e fugir da responsabilidade pelos mais de 250 mil mortos pela pandemia da Covid-19, Bolsonaro mostra profundo desprezo pelo sofrimento dos mais pobres”. O deputado paulista complementa ainda: “Ele [Bolsonaro] sabe que R$ 250 não serão suficientes para pagar os altos preços de produtos básicos, como gás, arroz, carne, óleo e feijão. Sua política genocida e sua indiferença colocaram o País num buraco sem fundo, do qual cada os brasileiros sonham em sair”.
Economistas acreditam que parcela de R$ 250 é insuficiente
De acordo com economistas entrevistados pelo Reconta Aí, R$ 250,00 são insuficientes sobre diversas perspectivas, como por exemplo, em relação à compra de uma cesta básica.
Fausto Augusto Júnior, diretor técnico do Dieese, já alertou recentemente em entrevista: “Valor inferior a R$ 600,00, como tem sido divulgado como proposta do governo [R$ 250,00], mostra a falta de reconhecimento das demandas sociais dos mais pobres e desconsideração do aumento dos preços dos alimentos no Brasil no último ano, que tiveram alta de 14% contra 4,52% da inflação geral, de acordo com o IPCA/IBGE”.
No mesmo sentido, o doutor em economia Emílio Chernavsky acredita que não haverá grandes benefícios econômicos para o Brasil com o baixo valor proposto. De acordo com ele, “[o valor] É insuficiente para iniciar um processo robusto de retomada da economia”.
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