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Auxílio emergencial pode amortecer a queda do PIB, avaliam especialistas

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Além de prover sustento aos mais vulneráveis, o auxílio emergencial poderá diminuir a queda do PIB ocasionada durante a pandemia.

Assim como o Bolsa-Família, cujo retorno ao Estado já é quantificado, o auxílio emergencial também poderá ajudar na elevação do Produto Interno Bruto (PIB) mesmo frente à enorme queda prevista para o indicador, que varia de 6,5% até 9,1% . Contudo, sem o programa emergencial, o impacto poderia ser ainda pior.

Isso acontece porque o auxílio emergencial propicia uma transferência de renda que é utilizada pelas famílias para o consumo imediato. Dessa forma, o consumo das famílias – que representa em torno de 64,5% da economia – pode amortecer a queda do PIB, já que os impostos sobre consumo acabam parando novamente no cofre do governo.

Projeções feitas por especialistas apontam que o programa pode injetar até R$ 300 bilhões na economia brasileira, conforme reportagem de O Globo. Isso amenizaria uma possível crise de demanda, ou seja, uma crise causada por conta das famílias não terem dinheiro para o consumo, mesmo dos bens mais básicos à sobrevivência.

Em entrevista ao jornal, o economista Sérgio Vale afirma que cerca de R$ 75 bilhões dos R$ 300 bilhões investidos no auxílio emergencial devem retornar aos cofres. Já o economista do Itaú, Pedro Schneider, projeta números um pouco menos grandiosos. Considerando o investimento estimado pelo Governo, que é de R$ 254 bilhões contando com as duas parcelas adicionais do auxílio emergencial, Schneider prevê 30% de retorno ao Estado em forma de impostos.

Nesse sentido, mesmo considerando valores diversos, os economistas concordam em uma coisa: há um efeito colateral positivo para a economia do País advindo do auxílio emergencial.

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