O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (21) a ata de seu último encontro, quando foi decidido aumentar os juros básicos da economia. Na semana passada, por unanimidade, o Copom elevou a taxa Selic de 12,75% para 13,25% ao ano.
O documento informa que o aperto monetário foi necessário por causa da defasagem da política monetária, mas que ainda "não se observa grande parte do efeito contracionista esperado, bem como seu impacto sobre a inflação corrente”.
O Comitê avaliou que o novo ajuste de 0,5 ponto percentual foi o apropriado “frente a um ambiente de elevada incerteza e o estágio significativamente contracionista da política monetária, que, considerando suas defasagens, deve impactar a economia mais fortemente a partir do segundo semestre deste ano”.
Para a próxima reunião, que acontece em agosto, o Comitê prevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude. “A crescente incerteza da atual conjuntura, aliada ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos ainda por serem observados, demanda cautela adicional em sua atuação”, justificou.
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Com a decisão do colegiado na semana passada, a taxa Selic se encontra no maior nível desde novembro de 2016, quando estava em 13,75% ao ano.
A ata do Copom também trouxe as expectativas quanto aos riscos de alta inflacionária. O documento destaca que a inflação ao consumidor segue elevada, “com alta disseminada entre vários componentes”, e que ela tem se mostrado “mais persistente que o antecipado”, mantendo, inclusive, a alta nos preços de serviços e de bens industriais. “Os recentes choques continuam levando a um forte aumento nos componentes ligados a alimentos e combustíveis.”
O Copom projeta inflação de 8,8% para 2022; 4,0% para 2023 e 2,7% para 2024.