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Animal em extinção, lobo-guará será personagem de nota de R$ 200

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Imagem do site Recontaai.com.br

Foto: ZooSP/divulgação

A pandemia e auxílio emergencial podem explicar o fenômeno pela busca de cédulas, que é recorde desde o plano Real.

O Banco Central (BC) vai lançar uma nova cédula de R$ 200 em agosto,  tendo como personagem o lobo-guará. A escolha do animal levou em conta pesquisa realizada pela autoridade monetária com a população em  2001. Tendo como base uma lista de animais da fauna brasileira em extinção, o terceiro animal mais votado foi o lobo-guará.

O lançamento da nova cédula foi anunciado nesta quarta-feira (29) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A previsão é que sejam impressas 450 milhões de cédulas de R$ 200,00 em 2020.

Com a nova denominação, além de reduzir custos com a logística de distribuição do dinheiro, o BC pretende garantir o abastecimento de cédulas na economia nacional.

“Não é muito razoável criar uma cédula de R$ 200 no Brasil, pois os valores das mercadorias são bem menores. Mas pode ser por razões de custo produzir muito dinheiro com uma quantidade menor de cédulas”, comentou o economista e diretor do Reconta Ai, Sérgio Mendonça.

A pandemia e auxílio emergencial podem explicar o fenômeno pela busca de cédulas, que é recorde desde o plano Real.

Na coletiva virtual realizada nesta quarta-feira, a diretora de Administração do Banco Central (BC), Carolina de Assis Barros, disse que o Banco Central não sabe precisar por quanto tempo vão permanecer os efeitos do entesouramento na economia observados desde o início da pandemia do coronavírus, no mês de março.

“Em momentos de incerteza, as pessoas tendem a fazer saques e acumular dinheiro, acumular reserva”, afirmou a diretora.

O Banco Central estima que as possíveis causas do  entesouramento podem estar relacionadas aos saques para formação de reservas em casa; diminuição do volume de compras no comércio em geral e valores pagos em espécie aos beneficiários dos auxílios – como  o emergencial, por exemplo – que não retornaram com a velocidade esperada.

“O Banco Central acredita também que aqueles beneficiários do auxílio emergencial, que receberam o seu benefício em espécie, também não retornaram esse dinheiro ao sistema bancário com a velocidade que a gente esperava”, completou a diretora de Administração do BC.

Recentemente em entrevista ao G1, o secretário de Orçamento Federal do Ministério da Economia, George Soares, informou que o  CMN havia aprovado um gasto extra de R$ 437 milhões para impressão de cédulas em julho, sendo que a previsão é de que a Casa da Moeda imprima R$ 100 bilhões adicionais em dinheiro de papel.

“Falam que verifica-se, desde abril, um crescimento acima de qualquer padrão desde os 26 anos de real, ultrapassando R$ 335 bilhões ao final de julho, cerca de R$ 90 bilhões acima da previsão para o período”, declarou, na ocasião, o secretário ao G1.

O design da cédula ainda será apresentado, no lançamento oficial. No entanto, o anúncio da nova nota de R$ 200 foi um dos assuntos que ganhou projeção nas redes sociais.