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38º Conecef: "Unidade foi a chave", dizem conselheiros eleitos da Funcef

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38º-Congresso--Nacional-dos-Empregados--da-Caixa

O debate em torno dos rumos da Funcef no próximo período foi tema de uma das mesas, realizada nesta quinta-feira (9), da programação do 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef). Mais do que isso, o momento também foi de celebração da vitória nas recentes eleições da Fundação por candidatos e candidatas endossados pelas entidades associativas e sindicais da categoria.

A diminuição do número de representantes dos trabalhadores na direção do fundo de pensão, bem como o fim das eleições por chapa - substituídas pelo modelo nominal - foram criticadas. Apesar disso, ou até mesmo pelas novas dificuldades, os resultados foram comemorados.

Lizandre Souza Borges, secretária de Assuntos Jurídicos do SEEB Espírito Santo e representante da Fetraf Rio de Janeiro e Espírito Santo na CEE Caixa, ressaltou como a orientação macroeconômica do governo Bolsonaro (PL) significa ameaças não só a Funcef mas a todos fundos, principalmente pela ideia e repasse dos recursos para a gestão de bancos privados.

"A unidade foi a chave. É muito importante, pois estamos de volta à Funcef. Com representantes que realmente vão defender nossos interesse. Termos representantes comprometidos é fundamental para a Funcef e para os fundos de pensão", declarou.

Jair Pedro Ferreira, eleito diretor de Benefícios da Funcef e ex-presidente da Fenae, ressaltou como, apesar de divergências políticas em outros campos, o movimento sindical bancários manteve a unidade nas eleições da Funcef. Unidade que foi fundamental diante da disputa.

"Dá para prever como será a campanha presidencial. Na da Funcef, a gente viu a baixaria. Mesmo com a direção da Caixa não querendo que as entidades voltassem a ocupar esse espaço, nós vencemos. Querem deixar o trabalho [para a Funcef] e levar os recursos [para entes privados]. Não podemos aceitar isso",

Sâmio Cassio de Carvalho Melo, diretor da FEEB Bahia e Sergipe e representante suplente da entidade na CEE Caixa, ressaltou como a disputa dentro da Funcef reproduziu o clima - e os métodos - existente em parte da política brasileira atual: "O processo eleitoral foi muito duro e difícil. Enfrentamos fake news, verdadeiras barbaridades".

Transparência e legitimidade

Durante a mesa, foi ressaltada a necessidade de que os diretos eleitos representando os trabalhadores sejam cada vez mais transparentes com os participantes, inclusive fomentando a educação previdenciária. O resultado disso, o envolvimento maior dos trabalhadores, é poder tornar a Funcef como um todo mais acessível.

Rogério Vida, eleito diretor de Administração e Controladoria da Funcef, ressaltou a necessidade de ampliar o engajamento dos participantes. "Não podemos sucumbir a estes ataques. Podemos ter uma união que reverta esse estados de coisas. Quanto maior o número de participantes votando, maior a legitimidade dos representantes frente à patrocinadora", defendeu.

Durante o debate, algumas questões foram levantadas como desafios para os próximos anos. Do ponto de vista das atividades dos fundos de pensão, foi apontada a necessidade de encontrar investimentos seguros e sustentáveis que, cumprindo as metas necessárias para o pagamento das aposentadorias complementares, não exijam sucessivos equacionamentos.