Pular para o conteúdo principal

38º Conecef: "Se olharmos só para o presente nós desanimamos, precisamos olhar além", afirma Rita Serrano

Imagem
Arquivo de Imagem
38º-Congresso--Nacional-dos-Empregados--da-Caixa

A primeira mesa de debates do 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) trouxe como tema a defesa das empresas públicas no combate à desigualdade do Brasil. Segundo as palestrantes Maria Fernanda Coelho, ex-presidenta da Caixa Econômica Federal; Rita Serrano, representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da Caixa e Erika Kokay, deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores, a Caixa, assim como outras empresas públicas, são responsáveis pelo desenvolvimento do País.

O que foi, o que é e o que pode vir a ser

De acordo com Maria Fernanda Coelho, "Desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff há um esvaziamento e uma privatização da Caixa"; o que, conforme reitera, não traz nenhum resultado postivo ao banco público e menos ainda ao povo brasileiro.

A ex-presidenta da instituição acredita que o banco público deve ser primordial para viabilizar uma reconstrução do Brasil em 2023, assim como o fez durante os governos petistas de Lula e Dilma. "Houve um processo de valorização da Caixa durante os governos de Lula e Dilma ao ampliar essa rede de agências. Dessa forma, houve a promoção da inclusão bancária por meio das políticas públicas que os governos petistas implementaram, como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa-Família", relembrou.

Leia também:
- “Não dá para aceitarmos naturalmente um país onde 33 milhões de pessoas não têm o que comer", afirma Takemoto
- "Evento que reúne representantes do BB, Caixa, BNB, Basa e BNDES é fundamental", afirma Juvandia Moreira

"Para construir é tijolinho por tijolinho mas, para destruir basta um trator", afirma Rita Serrano

Foto: Contraf-CUT

Frente à experiência como conselheira eleita pelos trabalhadores e como coordenadora do Comitê em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano trouxe uma mensagem otimista. "Os problemas são grandes e esse governo é uma tragédia. Mas chegamos ao final desse governo e a Caixa vai continuar íntegra", destacou a dirigente.

Serrano ainda ressaltou o protagonismo dos empregados da Caixa na manutenção dos seus direitos, mesmo em um momento tão adverso: "Por pior que seja o cenário, nós continuamos lutando". Dessa forma, segundo a conselheira, "Os bancários têm todas as condições de mudar o Brasil. Nós lutamos e conquistamos. As coisas ainda estão de pé", afirmou. Mesmo que ainda haja muito a melhorar para o próximo período, a dirigente trouxe uma mensagem de coragem: "Se olharmos só para o presente nós desanimamos, precisamos olhar além".

Foto: Contraf- CUT

Essa postura foi reforçada por Erika Kokay. De acordo com ela, entre as principais dificuldades do presente está o governo Bolsonaro:"Todos os dias o governo testa as instituições e, se elas não reagem, os ataques vão se aprofundando".

Com vistas a criar um estado mínimo, a deputada denuncia que o governo promoveu uma série de reformas fiscalistas e a privatização de empresas públicas, duas situações que impedem que a população tenha acesso aos seus direitos. "A democracia não sobrevive sem direitos", conclui.