O 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) chegou ao fim nesta sexta-feira (10) com uma votação simbólica que aprovou, por grande maioria, todas as questões debatidas. Foram aprovadas as resoluções que nortearão as decisões dos bancários para o próximo período.
Na parte da manhã, o evento contou com uma palestra do ator e comediante Gregório Duvivier, que relembrou que a democracia é uma conquista frágil que precisa ser constantemente exercida para seguir vigente: "Você tem mil formas de minar uma democracia por dentro, sem golpe e sem tanque. Você pode desobedecer decisão do STF. Você pode colocar um monte de militar do governo, em cargos sobre os quais não entendem nada, como na Saúde".
Os processos de votação do Conecef, que combinaram delegados que participaram de maneira presencial e remota, transcorreram com tranquilidade. De acordo com Vivian Carla de Sá, que comandou a mesa final do Congresso, "É importante partir de cada momento que vivemos para nos organizar na luta" e, retomando as conquistas passadas, os delegados e delegadas exerceram seu direito democrático de propor e escolher quais propostas serão prioridades para o segundo semestre de 2022 e o primeiro de 2023.
Eleições
Um dos temas mais presentes nas discussões do Congresso foram as eleições de 2022. O apoio ao pré-candidato Luís Inácio Lula da Silva esteve presente em diversas falas. Muitos dos presentes afirmaram não é possível contar apenas com a vitória de Lula para avançar nas pautas dos bancários, é preciso formular as propostas e projetos que os empregados da Caixa querem ver no fututo do banco público.
No mesmo sentido, Fabiana Uehara, Coodenadora da CEE - Comissão Executiva dos Empregados, completou: "Que a gente possa pautar e negociar o melhor acordo nesse cenário. Também precisamos eleger parlamentares que tenham compromisso com a classe trabalhadora".
As resoluções aprovadas serão submetidas ainda a 24º Conferência Nacional dos Bancários, que terá início ainda hoje, às 18h. Lá, as minutas aprovadas nos congressos de cada banco deverão ser referendadas e repassadas aos estados.
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